Eu não sou capaz de exprimir em palavras o quanto você significou para mim. Nem, tão pouco, posso avaliar a profundidade do meu sentimento por você, que embora se tenha desgastado com a sua distância, ainda é enorme o suficiente para fazer com que, mesmo sem o compreender, eu o perdoe por tudo.
Gostaria de ter a coragem de olhar em seus olhos e lhe falar das minhas perturbações, meus sofrimentos, minhas tristezas e decepções, enfim, de poder te falar tudo o que venho escrever aqui. Porém, muito certo é que, essa carta jamais chegará até você, assim como eu jamais terei força para lhe dizer o quanto eu te amo.
Estou certa de que você também me amou em nosso mundo. Descobriu coisas belas e encontrou-se frágil, como jamais imaginou que fosse. Você aprendeu a viver e a desfrutar cada minuto da sua vida, aprendeu a rir sem motivo, fazer qualquer coisa por que estava com vontade, sem lógica, sem explicação... você apenas permitiu-se viver como eu vivo, sempre por inteiro, intenso, todos os dias... um dia, sempre diferente do outro.
Os meus olhos ainda estão fixos no horizonte e, distantes, procuram por você. Intimamente sabem que não vão encontrá-lo, mas teimam em não perder as esperanças... e quantas eu tive...
Sei que há, lá fora, um mundo que não é o nosso. Uma realidade para cada um de nós. É o que nos separa. É o que nos impede de sermos eternos, um para o outro.
Eu também aprendi com você. Aprendi que não se pode vencer sempre, mas que devemos nos conformar com a derrota e procurar saber por que perdemos. Aprendi que nunca é tarde demais para nada. Em você eu me encontrei. Percebi como eu sou e o quanto eu gosto de ser assim... de ser vida, e contagiar a todos com isso.
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